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MOCHILÃO 2017 - BOLÍVIA - PERU - CHILE / PARTE 1


Olá pessoas. agora começa o relato do mochilão feito em Maio de 2017 que durou 35 dias e que me custou R$ (ainda estou somando..).

Antes de tudo essa viagem surgiu de uma enorme vontade de conhecer Machu Picchu. Anos imaginando que isso não seria possível, mas saiba que NADA É IMPOSSÍVEL. Basta vontade, planejamento e gritar SIMbora!!!




Agradecimentos: Aos relatos de RodrigoVix, Mariana Teles, Bárbara Fabris, letícia.amorim do mochileiros.com e victor machado que deixou seu relato e me deu coragem e segurança de fazer o trekking Salkantay sem guia e sem agência. Ao grupo do WhatsApp que foi-se criando ao longo dos meses e desse grupo, sem desmerecer os demais, um agradecimento especial e representando os demais, à Ana, que viajou sozinha e foi relatando tudo o que ocorria ao vivo, seus choros de felicidades e seus perrengues durante a viagem, histórias que esperamos também outro relato.


Com base nos relatos, analisando os roteiros e formas de locomoção, onde ficar, onde dormir, o que comer - ou não. O meu roteiro foi sendo desenvolvido. E a cada pesquisa, indicação de passeios e lugares ele foi sendo moldado. Claro que era mais para se situar, porque viagem assim, querendo fazer tudo o que for possível por conta, sem contratar agências (para economizar mesmo e realmente vivenciar cada momento), há sempre os imprevistos: informações desencontradas, passeios que não deram certos, mas que foram muitos divertidos porque tudo isso é válido, mente aberta para qualquer coisa que ocorresse antes/durante e depois da viagem. Tudo vira experiência e causos para contar na roda de amigos.


Depois de tudo já "pronto". Pelo menos no papel, o roteiro inicial ficou assim:




Sabendo que dia iria sair de férias, já comecei a pesquisar e acompanhar o preço das passagens. Pelo menos o trajeto até Uyuni - Bolívia eu já queria deixar reservado e comprado, pois seria mais só trajeto mesmo. E nas horas disponíveis nesse início e em todas as cidades que seriam mais para passagem seria para conhecer algo próximo.


Acabei por saindo de férias dia 01 de Maio, logo, fiquei com 2 dias para rever o roteiro e organizar a Jacinta, nome de minha mochila cargueira. Sim ela se chama Jacinta. Daí vocês me perguntam: Por que Jacinta? E a resposta? Coisa de VISÃO: Olhei pra ela e vi Jacinta. Sabe aquelas coisas que não tem explicação, por mais que você procure uma? Então, Jacinta não tem explicação. Jacinta simplesmente é. Jacinta.


Passou dia 1o, dia 2 chegou, o dia passou, a noite chegou, o sono não. Afinal, quem consegue dormir na noite anterior à uma viagem tão esperada, tão planejada? Mentira que você consegue. Se consegue, tu tem "pobrema meo irmão!"


Antes de começar o relato em si, melhor dar algumas informações/dicas do que precisei/do que precisa antes de se viajar:


PASSAPORTE OU RG?

Para os países da América do Sul não é exigido o Passaporte. O RG estando atualizado (menos de 10 anos) já basta. Mesmo assim eu aconselho o Passaporte. Porque você vai colecionando carimbos e acho mais prático, acho 'mais bem visto'. Houve uma situação que só entramos em uma balada porque uma amiga estava com o passaporte. (logo: somos turistas e quiseram nos 'tratar bem').


VACINAÇÃO:

Tema simples que muita gente costumar ainda ficar em dúvida.

Vai viajara? Veja se o lugar exige alguma vacina específica. Nesse mochilão a Bolívia exigia a vacina contra a Febre Amarela. Deve-se tomar 10 dias antes de embarcar e ter a Carteira Internacional da ANVISA, essa que irá comprovar. Entre no site e verifique um posto mais próximo que emita o Certificado, pois ele será seu comprovante. http://portal.anvisa.gov.br/

Muitos ficam na dúvida "MAS ELES PEDEM?". Vá, toma, deixe suas vacinas em dia, essa é a resposta. Se o órgão que deveria fiscalizar isso funciona ou não é outra história, você faz sua parte. E vacina é prevenção, vamos deixar a saúde em primeiro lugar.


TOMADAS/ADAPTADORES Uma dúvida de muitos quando se vai viajar. Nesse mochilão eu não precisei de nenhum adaptador. Todas as tomadas que precisei era as mesmas usadas aqui no Brasil. O que mudava era que elas estavam acabadinhas, arrombadinhas, muito utilizadas, coitadas. Daí não segurava o pino dos carregadores. Chegue a comprar um T chato em Sucre, mas me desfiz dele, acho que em La Paz, no final da viagem. (é, fui teimoso e na esperança de que iria precisar)


SEGURO VIAGEM

Há quem não utilize. Dê graças a isso. Mas é algo que eu aconselho: NÃO VIAJE SEM ELE

Se tu não usar bem. Se precisar, acione já que está pagando. Li relatos de pessoas que passaram muito mal. E se você não tem seguro, espero que tenha uma boa economia debaixo do colchão, porque o custo de atendimento médico no exterior , meu amigo/minha amiga, é altíssimo.

Eu poderia ter acionado no último dia, em La Paz, porque estava num dia de rei, mas teimoso, tomei tudo que me diziam ser bom, até chegar ao Brasil para tomar mais alguma coisa e, assim, terminar meu reinado.


DINHEIRO/CARTÃO. O QUE/COMO LEVAR?

Esse foi o meu 2o mochilão. Sempre dei preferência ao dólar.

1o É mais aceito que o Real

2o Mesmo convertendo para comprar e depois convertendo para vender, compensou.

Mas isso é algo que tem que ser analisado, sempre.

Nessa viajem só fiz câmbio com o real quando passei pela fronteira da Bolívia, em Porto Quijarro, porque, pelas pessoas que foram, o câmbio ali, vi que estava melhor. O restante da viagem, só utilizei dólar. Que ia comparando com quem já foi e o preço que estava quando ia cambiar. Já trocava o montante que iria usar na cidade, pra não ficar perdendo tempo com isso. Não é o certo, mas era o prático.


O DESGRAÇADO DO SOROCHE (O MAL DE ALTITUDE)

Muito cuidado com esse vilão. Ele aparece com uma dorzinha de cabeça, um mal estar, aquela falta de ar. E se você não fizer nada, pode acabar com tua viagem.

Eu li muito sobre, mas na teoria é teoria. Na prática que a gente vai ver que o bicho te pega.

Você pode mascar e/ou tomar chá de coca, tomar Soroche Pills para amenizar isso. Tem gente que não sente nada, mesmo não tomando, outras, como eu, acabam com uma cartela de Neosaudina fácil-fácil.


CONECTIVIDADE/WI FI

Conselho? DESAPEGA. Se liga somente na tua viagem, na natureza e nos costumes.

Eu utilizava somente o wifi do hostel e dos restaurantes. Fora isso, celular era pra tirar foto. Perde-se muito tempo se tu ficar conectado sempre. HÁ muitos lugares bonitos nessa viagem. Melhor parar e meditar neles que mandar um post ou fazer um check in em sua rede social.


TEMPERATURA

Leve isso em conta ao fazer sua mochila. Fui em Maio. Era quente de dia e muito, muito frio a noite.

Tive que usar todas as roupas de frio somente no Salar de Uyuni. Porque, meodeos, que frio é aquele? É desumano..kkkk

Nos demais dias, jaqueta fleece aguentava, mesmo de bermuda. Mas, cada um cada um, porque eu sou daqueles que usa roupa de frio quando não tem mais jeito.




O QUE LEVEI / USEI:


EQUIPAMENTO

01 cargueira 60 + 10 litros

01 mochila de Ataque 45 litros

01 saco de dormir (usei 1x no salkantay, quase usei no Uyuni)

01 barraca - 2 pessoas(usei 1x no salkantay)

01 colchão inflável, de piscina (usei 1x no Salkantay)

01 par de bastão de caminhada

01 camel bag (não usei)

itens para camping - fogareiro, panelas, lanternas, talheres


ROUPAS

08 camisetas dry fit (daria par me virar com 5)

02 calça-bermuda (usei 1 várias vezes)

02 bermudas (poderia me virar sem, apesar de ter usado 1)

05 cuecas

06 pares de meias (03 de trekking / 03 de algodão, essas voltaram furadas)

01 camiseta manga comprida 1a pele (usei muito e sempre com uma dry fit por cima - para ir variando as cores)

01 poncho (comprei em cusco - usei muito no salkantay e em alguns passeios)

01 jaqueta fleece (muito usada)

01 jaqueta mais quente

01 corta vento impermeável (usado muito também, mas não confiei em pegar chuva com ele)

01 par de luvas

01 touca

01 bota impermeável

01 par de havaianas (leve sempre)


ACESSÓRIOS

01 câmera Canon semi profissional

01 recarregador

01 tripé (quase não usei para não falar que não)

02 baterias para ela também

01 câmera GO POBRE e acessórios (não usei, foi peso morto)

01 celular (usei muito para fotos)

01 carregador

pen driver, cartão de memória (arrisquei e não usei - aconselho fazer backup de suas fotos - USE, ou mande tudo para "nuvem")


OUTROS

- shampoo

- hidratante

- pasta e escova de dente

- lenços umedecidos (indispensável - é vida isso)

- protetor solar

- protetor labial

- álcool gel

- cortador de unha

- barbeador elétrico

- antitranspirante

- repelente

- papel higiênico (usei? opa...sempre)14


REMÉDIOS

- neosaudina

- dorflex

- pomada para picadas (foi e voltou na caixa)

- ENO (levei só 4, foi muito útil)


Agora irei tentar, é difícil, por mais que você anote tudo. Eu reservei um caderno só pra isso, com mapas, rotas, dicas e fotos. Usei até o 10º dia da viagem, depois foi tudo em anotações pelo celular mesmo, guardando até guardanapo do churrasco de lhama, sim, comi churrasco de lhama e sim, guardei o guardanapo, afinal, ela ele o comprovante de compra do churrasquinho.... claro que não sujei em amassei porque já tinha premeditado que iria sequestrá-lo, e nem cogitei pedir resgate.


Enfim, vamos ao que interessa, O relato. Vamos começar do começo, apesar do spoiler do churrasquinho, tentarei não dar mais nenhum. Não, não. Não insista.

 

Dia 1 - 03 Maio de 2017

São Paulo x Campo Grande - Brasil


foto: desembarque no aeroporto de Campo Grande


O vôo estava marcado para as 9h55. Como não dormi direito na noite anterior, acabei acordando mais tarde e já estava em horário de rush em Sampa. Ônibus daquele jeito, tudo cheio. A solução foi chamar UBER, e foi o que fiz. Porque embarcar em ônibus cheio com a Jacinta e a mochila de ataque não iria dar certo. Jacinta é minha mochila cargueira, prazer.

Sem falar que chegando na portaria do condomínio: Cadê meu passaporte? Vai lá eu subir pra ir buscar.


Cheguei na Estação Tatuapé e peguei o ônibus que faz itinerário para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, da empresa EMTU, airbus 257 ou 299. Já tinha feio o check in em casa pelo app da GOL, no dia anterior, só foi despachar a Jacinta e aguardar o embarque para Campo Grande.

Levantei vôo as 10h30 (atrasou hein GOL?) e as 11h35 cheguei no Aeroporto de Campo Grande.



Como iria passar o dia na cidade, porque o ônibus para Corumbá só seria as 23h59, havia pesquisado o que fazer e por mais que li, de interessante só encontrei o Parque Indígena. Mas antes teria que deixar a Jacinta em alguma acomodação (locker mesmo). Então peguei um ônibus em frente ao Aeroporto que iria para o Centro e de lá teria que pegar outro para a Rodoviária, mas acabei por solicitar mais uma vez o UBER.

Bateu aquela fome então no Centro, no Mercadão quis provar algo diferente, havia uma pastelaria, com cardápio bem variado, pedi um pastel de avestruz com queijo, muito gostoso, nunca havia experimentado avestruz, dá pra dar um like.


Procurando onde pegar ônibus para o Parque Indígena, sem sucesso, muitas informações desencontradas, mais uma vez apelei para o UBER E lá fui passar o dia ou o máximo que pudesse, teria um tempo bem, mas bem razoável para gastar.

O parque realmente é muito bonito, bem conservado, bom mesmo para passar o dia, fazer aquele exercício físico num espaço tranquilo ao som de muitos pássaros, como já estava ali né, porque não fazer..... fiz? Não, sentei na grama e fui esperar o por do sol. Dai passou um senhor com uma de isopor, pensei "Oba, Cerveja", mas como as aparências enganam, ele estava era vendendo geladinho, comprei? Claro, calor danado e um geladinho de manga muito gostoso. E grande também, apesar que ele não tinha menor para comparar, mas pelo que eu percebi, pagamos caro em Sampa.



Havia muitas Capivaras soltas no parque. Eu disse muitas? Desculpa era uma população de antas, nunca vi tantas juntas, tu tinha que tomar cuidado para não tropeçar em uma.

foto: capivaras


Chegando a hora do por do sol agora era escolher um ponto onde desse para ver. Mas o sol se põe atrás de umas casas, e uns poucos prédios, então, não cheguei a ver completamente, mas o tempo que fiquei admirando ele se por atrás de uma árvore linda, valeu muito a pena.


foto: por do sol





E né, como não queria também andar pelo parque às escuras tive que já ir para a saída para saber como voltar para a rodoviária.


Uma senhora estava no ponto e disse que teria que andar para o ponto seguinte para lá pegar o ônibus para a rodoviária. Olhei no GPS e vi que daria 1h30 na caminhada. Como não queria apelar para o UBER, o dia estava quente e caminhar seria o que mais faria nessa viagem... por que não começar desde o primeiro dia? SIMbora.


Realmente era uma boa caminhada, GPS calculou errado, ou pelo menos não sabia do meu ritmo, caminhei devagar, para apreciar mesmo a cidade que era bem bonita. No fim deu 1h a mais nessa brincadeira de "vamos andar pela cidade do parque ao centro". E como estava calor, muito. Deu aquela suadinha, mas nada que um banho de gato no banheiro da rodoviária pra amenizar.

Depois foi a vez de fazer hora na rodoviária, encontrar uma tomada para recarregar tudo que fosse possível e comer algo por lá (fazer uso do reais, já que no dia seguinte daríamos um "Hasta Luego Brasil". E correr porque as poucas lanchonetes e a única que sobrou naquele horário já estava baixando as portas.


Lanche na mão, hora de voltar ao banco nada confortável da rodoviária e aguargar, aguardar, aguardar e aguardar.

E enfim, 23:59 #partiu Corumbá.


Gastos:

UBER Casa x Estação Tatuapé R$ 29,12

BUS Estação Tatuapé x Aero GRU R$ 3,95

Vôo Gol SP x Campo Gde R$ 208,53 (comprei antecipado)

BUS Aero Campo Gde x Centro R$ 3,55

Mercadão Pastel de Avestruz R$ 12,00

UBER Centro x Rodoviária Campo Gde R$ 12,25

Acomodação Jacinta (locker rodoviária) R$ 8,50

UBER Rodoviária x Parque Indígena R$ 17,45

Geladinho de manha R$ 2,00

Lanche + Refri na Rodoviária Campo Grande R$ 11,00

Bus Andorinha Campo Grande x Corumbá R$ 113,23 (comprei antecipado)

TOTAL= 421,58

 

Dia 2 - 04 de Maio de 2017

Corumbá - Brasil



Cheguei à Rodoviária de Corumbá as 6h, pequei a Jacinta e fomos tomar uma café, mas antes outro banho de gato porque além do calor do dia anterior, ônibus com vidros fechados, choveu a noite, tudo abafado, já dá pra imaginar a situação (ainda não tinha utilizado os lenços umedecidos, que arrependimento).


Como estava muito cedo aguardei o Centro de Informações Turísticas abrir para pegar algumas informações, claro.

Quem estava lá atendendo era a D. Mercedes, que mora em Santa Cruz de La Sierra, filha de bolivianos, mora lá e cá e deu ótimas dicas além de contar boas histórias, tanto de Corumbá, como da Bolívia e sobre o Trem da "Morte".


Trem da Morte: de trem tem tudo, mas de morta nada. Pelo que contou Mercedes, quando a ferrovia ali começara a ser construída não se tinha muita mão de obra qualificada. Então era construído uma parte e depois era feito testes e nessas várias etapas morreram vários operários. E por isso acabou ficando com essa 'fama' de Trem da Morte.


Ela avisou, e já tinha percebido, que havia um rapaz que abordava as pessoas oferecendo passeios, e na real tinha mesmo um rapaz todo de roxo nos aguardando, ela disse que ele fecha passeios mas que é o famoso malandro, a "agência" que ele diz trabalhar fica bem em frente a rodoviária e pela impressão parece de fachada mesmo, mas fica o alerta. E SEMPRE pegue informações de pontos para isso. Não saia acreditando em qualquer um ou qualquer agência, o que eles visam são SOMENTE O SEU DINHEIRO.


Da rodoviária tu sai e logo em frente há um ponto, na rua depois que passa de um ponto de moto táxi. Pega o ônibus para o Terminal e no Terminal pega-se outro ônibus, o Fronteira. Este não paga pois é integração, mas tem que ficar esperto porque não há um ponto fixo para os ônibus, pode parar tanto na frene quanto lá atrás, só prestatenção'. E esse Terminal não é nada mais, nada menos que uma rua reservada para parada de ônibus.


Chegando na fronteira, faça sua saída do Brasil. Não sei se é sempre assim, mas estava tudo junto e misturado. Tanto saída quanto entrada do Brasil. Muito Boliviano tentando a vida no Brasil. Pois, segundo a Mercedez, eles trabalham sem muitos direitos e vindo ao Brasil eles só por receberem o salário, já acreditam, na verdade já é uma grande mudança. Mas que muitos se arriscam com atravessadores que os enganam e os 'escravizam'. Tanto que havia um cartaz, quando fui dar entrada na Bolívia que dizia: "Está é sua última chance de pedir ajuda." Forte mas necessário.

Ainda na fila da fronteira para dar saída do Brasil, um boliviano veio com 2 mulheres, dizendo que haviam guardado lugar para elas....kkkkkkkkk AH MEO IRMÃO, aqui ninguém guarda lugar pra ninguém não. E claro, que não deixamos passar, saiu, não ficou ninguém na fila? O final da fila é teu caminho. Eles já tinham levado uma bronca do funcionário porque estavam entrando na sala sendo que tinham que esperar fora e serem chamados. Tá achando que brasileiro é bagunça? kkkkk


Bom...carimbo no passaporte era hora de procurar câmbio. Passou a fronteira há vários lugares que fazem, nos comércios, nas calçadas ficam pessoas com seu banquinho e mesinha para isso. E não havia diferença de valores entre eles, estava 1 Real = 2,15 Bolivianos.

Como havia levado real para emergência ou caso estivesse com cotação melhor, acabei trocando o que tinha ali mesmo. Porque pelo tempo mem que eu monitorava esses valores, ali na fronteira estava com melhor cotação. E como voltaria para a Bolívia no final, poderia 'sobrar' bolivianos.


Depois do câmbio comprei algo no mercado para a viagem de trem que seria a partir das 13h e a noite toda.

E já começa também a ficar esperto no troco. Eles somam a compra e além de querer cobrar mais caro, dão troco errado. Não vou generalizar, mas no mercadinho, o primeiro, já aconteceu isso. Vida que segue.


Depois peguei um táxi para a Estação de Porto Quijarro. Daria para ir a pé. Não levaria mais que 30 minutos em um sentido reto. Mas...



Esperei umas 3 horas até a hora do embarque e lá vamos nós.

Jacinta foi no bagageiro de cima e a de ataque nos pés.


Assento até que confortável. Depois que se acomoda, abaixa tua poltrona, tudo bem. Mas quando o passageiro da frente faz o mesmo, não sobra muito espaço para as pernas.



Passeio bonito mas cansativo pois há muitas paradas, afinal, foi o mais barato, sem serviço de bordo. Havia uma cozinha que servia almoço/janta, eu fui conhecer horas depois. Passando por 2 vagões, um cara dormindo no último banco do primeiro e outro dormindo no último do segundo. Quando entrei na cozinha pensei estar em um filme de terror. Porta do vagão aberta, cozinha em alumínio, toda cinza, sem muito brilho, parecendo abandonada, louças esperando serem lavadas e o rapaz que dormindo vagão aparecendo do nada atrás. Por um momento pnsei que a cozinha estava desativada, louça para lavar. Pensei que não estava funcionando, mas o rapaz que dormia disse que o prato custaria 15Bs (Arroz, salada e papas fritas). Quando olhei a cozinha novamente, disse que só fui para conhecer. Melhor não arriscar né...


Em uma das várias paradas acabei descendo e comprando pães e mate quente. Eu disse quente? Desculpa, estava fervendo mesmo. E uns pães, que a vendedora pegava com um saco, fazendo de luva, mas quando esse escapava das mãos, ia assim mesmo. Sem proteção.

Em outra parada subiram 3 crianças vendendo café, pedimos o nosso, demos o dinheiro mas a garotinha não tinha troco então fui caçar alguma moeda. Daí o trem começou a andar e acabamos dando 10bs à ela. Mas ela e os 3 irmãos só foram descer alguns quilômetros a frente depois de conseguir falar com o maquinista para parar. Deu dó porque estavam sozinhas e iriam voltar tudo aquilo de novo.


Gastos:

Café com leite + salgado (rodoviária de Corumbá) R$ 9,50

Bus Rodoviária x Terminal R$ 3,25

Bus Terminal x Fronteira R$ 0,00 (integração)

- Câmbio: R$ 1200,00 = bs 2556,00

Mercado Fronteira 3,00 bs

Táxi fronteira x Estação Porto Quijarro 10,00 Bs

Trem Expresso Oriente Oriental P.Quijarro Sta Cruz de La Sierra 70,00 Bs (comprei antecipado)

http://www.fo.com.bo/Paginas/Inicio.aspx

Café 10bs (eram 2, mas coitada da menina, ficou o troco como propina)

Pães 19bs

TOTAL= (R$) 12,75

TOTAL= (Bs) 101,00

 

Dia 3 - 05 de Maio de 2017

Santa Cruz de la Sierra x Sucre x Uyuni


Fomos chegar em Santa Cruz, no Terminal Bimodal, por volta das 8h30. Foi demorado esse trem, como disse, há muitas paradas, mas é uma experiência à parte.


No trem haviam mais 2 mochileiros (Alexandra e Jimitri) e nós precisávamos de um banho, então seguimos com eles e dividimos um táxi. Aqui já começa a pechincha. TUDO é negociável. E no 2o já conseguimos um bom preço para dividir por 4. E era O táxi, com o assento do motorista um tanto quanto DIFERENTE.


Deixamos um mochileiro em seu hostel, depois seguimos com uma outra até o hostel que ela iria ficar, mas não havia banho separado, saímos para procurar. Depois de muita procura resolvemos pegar logo o bus para o Aeroporto de Viru Viru. Mas só conseguimos saber onde esse bus passava quando estávamos perguntando a um senhor sentado em frente a uma loja, ele indicava para pegar um táxi, e uma senhora lá de dentro falava algo alto sobre bus para aeroporto, e no fim, fui entrar e saber que ela estava falando com a gente. Depois de 5 explicações dela, não porque não havia entendido, mas porque ela descambou em falar que só parou mesmo porque eu fui saindo de fininho e agradecendo. E só ouvia sua voz ficando cada vez mais baixa. Ela não parava mesmo, sério.


O ponto era ali na avenida principal, estava próximo e esperamos uns 20 minutos. O bus é VIRU VIRU Linha 139 e a viagem durou 45 minutos.

Daí foi chegar, descobrir a grande utilidade dos lencinhos umedecidos, despachar as mochilas, caçar uma tomara, um wifi, comer algo no Subway e aguardar.


O vôo pela Amaszonas estava marcado para as 11h15. Durou 1h40 num avião tipo 'teco-teco1. Daqueles que você ente qualquer turbulência e até quando o trem de pouso recolhe e parece que bate nos pés. Mas foi tranquilo, super.


As 13h20 foi o desembarque em Sucre. E aqui você já sente o impacto. Que aeroporto lindo, pequeno e no meio de "um nada". De montanhas e de um limpo-céu-azul-phodásticko.

Aqui é super rápido. Desembarca as 13h20. Pego a Jacinta as 13h25 e as 13h28 já estou na Van que te leva para o centro de Sucre. Simples, prático e fácil. Como moro em São Paulo fiquei até com um receio. Alguém poderia pegar a mochila e sair sem que ninguém conferisse o ticket da mochila.


A van faz ponto final em uma praça e daqui descemos no sentido que o motorista disse, para se chegar ao Terminal de Bus. Informação aqui, outra ali, melhor foi pegar um Bus, porque o terminal nunca chegava e Jacinta estava bem gorduchinha.


Aqui nota-se o quanto o trânsito seria caótico nessa viagem. E como um adesivo como EU AMO BUZINAR venderia muito por aqui. #FikDdik

No Terminal a Jacinta ficou no hostel dela, o Locker. Porque era hora de andar pela cidade e comer algo, afinal o bus para Uyuni só sairia as 20h30.


Depois de umas voltas, cidade bem bonita, pegamos um bus para o Parque Cretáceo. Que fica dentro de uma fábrica de cimento que descobriu as pegadas e decidiram fazer um parque. Aliás, muita das estátuas que se vê no caminho até o parque são de dinossauros.


Aqui paga-se 30,00 Bs de entrada. Se quiser tirar foto + 5,00 Bs. Deveria já ser incluso, porque quem não vem aqui e não tira foto? E se vem e não tira, lucro para o Parque.

foto: Pra que facilitar também a entrada, SIMbora subir. À direita, o paredão com as pegadas encontradas.



Para chegar aqui ou pega bus e paga-se 1,50 Bs ou o Bus do próprio parque, mas daí tem que desembolsar, se não me engano 10,00 Bs.





Há como chegar perto desse paredão, mas para isso tem que chegar antes das 15h, como entrei depois desse horário, paciência, vida que segue e se contente com o zoom da câmera. Há binóculos para ser usado, mas pra variar, teria que pagar 2,00 Bs. Melhor não né?!

O parque é bem estrututado, bonito, vale uma visita.

Depois voltei para o Terminal de Bus, para almojantar num restaurante ali em frente. Escolhe-se o pedaço de frango que tu quer e vem acompanhado com arroz. Sem miséria. Vê qual que está com uma cara melhor e ore. O medo de passar mal logo na primeira refeição foi enorme. Imagina: cagaço em cada garfada.

Depois foi fazer hora no Terminal mesmo, recarregar o celular numa máquina que tu paga pra deixar o celular lá (deixar é modo de dizer, conectar e ficar do lado dele).

Como já tinha comprado antecipado o bus de Sucre x Uyuni, foi só trocar o voucher pela passagem.

Em todo terminal precisa pagar uma taxa: TAXA TERMINAL, sem ela você nem entra na área de embarque, então prestenção.

Aqui a polícia nos parou, estavam conferindo documentos de todos os estrangeiros, ou dos que eles achavam que eram. Um olha, um faz pergunta e um outro te encara, normal. Havia muitas fotos de crianças desaparecidas coladas no terminal mas, como eu mal conseguia com a Jacinta, não dava para agregar uma criança na viagem.

Foi anoitecendo e foi esfriando, já sabia que quando eu chegasse em Uyuni, eu teria que estar já com todas minhas roupas de frio.

As 20h30 embarquei, era uma noite de viagem, com previsão de chegada em Uyuni as 6h30. Durante a viagem acordei algumas vezes e a estrada, pelo menos naquele horário era linda, não sei se teria a mesma impressã durante o dia, porque aquelas estrelas, nossa, como embelezavam muito as noites.

Gastos:

Táxi Estação Bimodal x Hostel 30Bs (dividido por 4) = 7,50 Bs

Bus para Aeroporto Viru Viru 6,00 bs

Subway 38,00 Bs

Vôo Sta Cruz x Sucre Amaszonas 292,00 Bs (comprado antecipado)

https://www.amaszonas.com/pt-br/

Van Aeroporto Sucre x Centro 8,00 Bs

Bus Centro x Terminal bus 1,50 Bs

Locker para a Jacinta 10,00 Bs

Bus Terminal x Parque Cretáceo (ida e volta) 3,00 Bs

Parque Cretáceo (+autorização para fotos) 30,00 Bs + 5,00 Bs

Almoço no Pollo´s El Economico 10 Bs + Fanta 600 ml 5 Bs

Aadaptador de tomada (inutilidade) 8,00 Bs

Cadeado 8,00 Bs

Carregador automático celular 3 Bs por 30 minutos

Bus Sucre x Uyuni - 6 de octubre - 20,86 Bs (comprei antecidao)

Taxa Terminal 2,50 Bs


TOTAL= 458,36 Bs

 

Dia 4 - 06 de Maio de 2017

Uyuni


Leram que a chegada em Uyuni era prevista para as 5h30? Leram também que eu disse que eu precisaria usar todas as minhas roupas de frio quando chegasse aqui?

Então, acho que não era um ônibus que embarquei, ele voou até aqui e chegou as 3h15, pensa no frio, pensou, esfria mais aí, mais, tá batendo os dentes? Esfria mais até bater os dentes e não conseguir falar e xingar os antepassados do motorista que demorava muito para entregar as mochilas. Foi nessa temperatura que cheguei em Uyuni.

Aqui vive uma lenda, A NONIS. Na verdade ela se chama Meri. E não via a hora dela aparecer para nos salvar desse frio duzinfernos.

Uma garota ficava gritando a estadia dela. E quando ela parou de gritar e sair de perto, atrás dela estava ela, uma senhorinha magra, baixa, agasalhada. Dona Meri, da Nonis Café. Nem conferi se era ela mesma, ela seria o mestre. Peguei a Jacinta e SIMbora seguir o mestre.

Ao descer do Bus o frio já agrega as pessoas, então saímos em comboio atrás dela.

Fomos os primeiros a chegar Lenon (companheiro da viajem), Julia (Francesa), uma Inglesa e eu.

Ela é dona do Café Nonis, ela é uma das pessoas que sabe os horários de chegada dos ônibus a Uyuni e vai lá recolher os mais necessitados, nós mochileiros.

Ela disse que estava fazendo uns 4 negativos, mas que faz frio mesmo em Setembro. Pensei, FAZ FRIO MESMO? Já estava morrendo ali. Em Setembro acho que já nem sairia do bus.

foto: Olha lá ela, A Salvadora dos Mochileiros, deveria ser canonizada.


Ela já entrou acendendo os calafetadores para aquecer o ambiente, mas estava tão frio, que só ficando perto deles para poder se aquecer.

Ela oferece banho também, disse que é quente, mas naquele frio? Em um banheiro com teto alto? TENTEI, mas não deu. Dá-lhe lencinhos umedecidos novamente.


foto: Café Nonis à direita.


A Nonis vem, deixa as pessoas. Depois chega um funcionário e ela sai, volta lá para o ponto para salvar mais mochileiros, nisso o Café lotou. E aqui é a hora de você já juntar uma turma para o passeio do Salar, porque se for na agência já com o carro 'fechado' (6 pessoas) a chance de você fazer um bom preço é melhor.

Ali, no Café, teríamos que aguardar a abertura das agências, a partir das 8h, para fechar o passeio do Salar de Uyuni. Já estava com indicação da agência Esmeralda Tours e com um preço. Agora era esperar e falar com nossa indicação e negociar.

A Julia foi convencida a fazer o Salar conosco, pois ela queria passar uma noite em Uyuni (sendo que não tem nada pra fazer lá)

Como depois chegaram 2 mexicanos, a Angela e o Martin, já estávamos em 5.


Dado o horário fomos atrás da agência, lá há muitas. Logo encontramos a Esmeralda Tours e fomos procurar a Deise. Como estava em um grupo do whatsapp, de pessoas que já tinham ido ou estavam viajando, as informações estavam frescas. Frescas e quentes. querendo fazer um trocadilho com o tempo kkk. (beijo Ana, passou mó perrengue..heheh, leiam seu relato AQUI)


Quando estávamos fechando o preço, chorando para ela fazer o que a galera pagou quando veio, ela disse, "mas vocês estão em 5, está faltando 1". Parece coisa de filme, mas nesse exato momento entrou Hana pela porta, o tempo parece que parou, todo mundo prestou atenção nela e ela então perguntou "Está falntando alguém em algum grupo que eu possa ir?". "Está faltando você"...E assim tínhamos nosso grupo formado: Lenon e eu (2 brasileiros), Angela e Martin ( 2 mexicanos), Julia ( 1 francesa) e Hana (1 alemã) = 6 pessoas que passariam 3 dias, na maioria do tempo num 4x4, junto com o Guia que também era cozinheiro.


foto: Hana, Julia, Lenon, Marin, Angela e Márcio (eu)


Passeio fechado, fomos comprar toucas, luvas, água e snacks para beliscar no passeio entre as refeições.

E tomar outro desayuno. Paramos em um restaurante, que não irei me recordar do nome, estava em reforma, havia um garoto de uns 8 anos atendendo os que chegavam, muitíssimo simpático e divertido. Nos espantou com o atendimento em inglês na mesa ao lado.

E claro, deixamos uma proprina a ele e demos os parabéns ao seu pai, que víamos sua expressão de orgulho no sorriso estampado no rosto.


Bateu as 10h fomos ao local combinado para deixar as mochilas no bagageiro do 4x4.

Você leva durante os passeios o que você for utilizar, porque a mochila cargueira você só vai poder pegá-la no fim do dia quando chegar no hostel que for dormir.


E partiu Salar de Uyuni...

1o dia: Expedição Salar de Uyuni

1a Parada - Cemitério de trens

Partimos as 11h00 e seguimos em direção ao Cemitério de trens.

Trens abandonados no meio da planície andina que serviam para transporte de minerais e de pessoas que iriam tentar a vida na Bolívia. E que na década de 40, devido a crise na mineração, os trens foram aqui sendo abandonados, ficando somente o resto de memórias de uma época promissora. E se tornando um dos principais pontos turísticos desse passeio e nossa primeira parada.




Aqui eu já começava a sentir o Soroche (o mal de altitude). Começou com uma dor de cabeça leve. Daí, é um sobe e desce nas carcaças dos trens, pula aqui, pula ali, tira foto pulando 1-2-3-4-5-6 vezes, e teve uma hora que não aguentava mais. Tomei uma Neosaldina, melhorou, mas a dor me acompanhou pelos 3 dias do Salar. Então uma dica, aliás, já emendo 2: Não exagere, uma hora a altitude pega e coma coisas leves, na altitude o nosso metabolismo (pra já que não estamos acostumados com altitude) é mais lento, e qualquer alimento pesado vai fazer mal. Mas acompanhem, essa coisa de alimentação pesada, vai rolar um perrengue na última janta, a da 2o noite, a última, que vai derrubar todo mundo....(spoiler não..kkk).




Ficamos por aqui uns 30-45 minutos. Depois seguimos para a próxima parada.



2a Parada - Pueblo Cochani


Aqui há um museu de Sal e uma feirinha, bem turístico, para comprar lembrancinhas se quiser.

Fizemos uma parada de uns 15 minutos, mas que viraram 25 fácil, fácil.


Sem muitas fotos, porque só vi mais um lugar pra turista gastar seu dinheiro. Mas da pra ver a precariedade que vive o Pueblo, então, a venda de seus regalos é uma das principais fonte de renda deles.


3a Parada - Extração de sal - Salinas


O nosso guia era assim. Parava o 4x4 no local, explicava, saíamos do carro e visitávamos o local.

Aqui ele explicou sobre a extração de sal. Havia um senhor que fazia os "montinhos" de sal com sua pá. Mas a extração realmente não era ali, era mais a frente que acabamos nem indo visitar.

Então as informações que nos passou foi assim:

'É a maior planície de sal do mundo, com seus quase 11.000 km²; Com suas 11 camadas de sal, entre 2 10 metros de espessura. Tem 120 metro de profundidade e um rico depósito de boro, magnésio e potássio e é a maior reserva de lítio do mundo.'

É incrível o lugar, pra todo o lado que você olha é branco, é sal. Aqui deve usar óculos escuros, pois não se consegue ficar de olhos abertos sem, é ofuscante.

foto: Aqui, segundo o guia, era onde se fazia a extração de sal

Foi uma pena não termos pego o Salar com água. Para tirar fotos incríveis com ele todo espelhado. Mas, fica pra uma próxima.

4a Parada - Hotel de Sal Playa Blanca

De Hotel só ficou o nome, aqui foi o local do nosso almoço. Enquanto o guia prepara nossa mesa de sal, fomos conhecer o local. Do lado de fora é onde tem aquele monte de bandeiras dos países e o monumento do Dakar (miniatura). Dentro do Hotel há uma Lhama, claro que de Sal. Os quartos e um saguão onde estavam as mesas onde iríamos almoçar.






5a Parada - Salar e fotos em perspectiva


Aqui é onde o bicho pega, onde tu fica um bom tempo tentando tirar fotos bacanas, com os dinossauros que o guia leva, com qualquer objeto que você tenha. Aqui vale tudo, até a banana que você leva como snack. O lápis das suas anotações. Vale a criatividade. O problema aqui é FOCO.


foto: vale tentar estrelinha

foto: vale segurar o rabo do Godzila para ele não pegar a Hana

foto: Mas que no fim, Godzila vence

6a Parada - Isla Incawasi (Isla del Pescado) e um por do sol phodástiko


A próxima parada é em uma Ilha, nesse mar de Sal, de onde, lá de cima, se tem uma visão de 360º do Salar.

Aqui há o custo da entrada. Calculei errado a grana e não tinha Bs suficiente. No guichê o atendente disse que fazia câmbio, então, ele fez, literalmente. Entreguei dólar e ele me devolveu bolivianos. Saí de lá na dúvida se tinha mesmo que pagar a entrada e se era ali mesmo que fazia o pagamento. Depois tive que retornar no mesmo lugar, com o mesmo atendente para pagar a entrada. Duas antas. Ele e, claro, eu.


Na ilha cresce esse Cactus Gigante, que pode chegar até 10 metros.

Não era pra ser aqui, mas acabamos por ficar pra ver o por do sol. E não importaria onde fosse, foi simplesmente PHODÁSTIKO.

E com esse jogo de cores, fechamos esse primeiro dia de passeio, de imagens sem igual.

Daqui seguimos para o hostel no Pueblo de San Juan.

Aqui te dão opção de banho quente, pagando, claro. Banho frio é serventia da casa. Paga nada.

Dão opção de wifi também, claro que pagando né: 18 Bs por 1hr. Paguei? Claro que não. Dispensável.

Depois foi jantar, papo e cama.

Gastos:

Chá de coca 10,00 Bs

Café Nunes 40,00 Bs

Desayuno restaurante 40,00 Bs

Passeio Salar Uyuni 3D/2N 700,00 Bs + Transfer Atacama 50,00 Bs

Feira no Pueblo: 1 touca 35,00 Bs / 2 imãs 10,00 Bs / 1 luva 10,00 Bs

Água 2Lts 8,00 Bs

Entrada Isla del Pescado 30,00 Bs

Banho Quente 20 Bs


TOTAL= 933,00 Bs

 

Dia 5 - 07 de Maio de 2017

2o dia: Expedição Salar de Uyuni...

...e a lasanha que transformou todos em REI/RAINHA.


Depois de uma noite fria o desayuno ficou combinado as 7h com o guia.

Frio sacomé, qualquer minuto a mais na cama é lucro, acordei as 6h30, arrumei a mochila e banho ainda é sonho.

Às 8h já estávamos no 4x4 para mais um dia de passeios e aventuras.


foto: Pueblo de San Juan



1a parada: Mirador del Volcán Ollangye - 5865 metros de altitude (baixa né...SQN)


Aqui uma parada rápida para fotos e termos a vista do vulcão.






Estou meio atrapalhado com a sequência das paradas, é muita coisa. Escrevendo esse relato, parece que os dias são mais longos e fizemos tantas coisas, são tantas experiências, que se perde um pouco a noção do tempo. Isso porque o tempo em si não importa muito. Há um momento em que o guia para, descemos com dificuldade pois o vento é muito forte e até pensei que iria passar desta para melhor, vento na cara, fiquei sem conseguir respirar, 2 segundos mais longos da minha vida. Respirar era difícil, falar então 'nem se fala'. Era tirar fotos, segurando ao máximo o celular e voltar ao carro, porque o vento frio cortante também era forte. Mas a vista, assim como em todos os dias do passeio, são espetaculares.



foto: droga, descobriram minha identidade secreta



2a parada: Lagunas Canãpa, Hedionda e Honda


Seguimos para as lagunas, onde os flamingos se alimentam e descansam durante seus movimentos migratórios.




foto: Lobo. Geralmente não se aproximam assim mas pessoas agora costumam jogar comida. Turistas idiotas.


foto: foto da foto da Julia tirando foto do lobo, na foto. Entenderam? Eu não.




E foi aqui que almoçamos. Nada mal né. Desculpa, condições....rs





3a parada: Deserto Siloli e a árvore de pedra


Mais uma parada, agora na floresta de pedra. Formações rochosas formadas pela erosões causadas pelo forte vento através dos tempos.









4a parada: Laguna Colorada


Aqui entramos no Parque da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa. A entrada é paga a parte, não está inclusa no passeio que você paga na agência.





foto: gosto assim, quando todos olham quando digo que vou "sacar una foto"


foto: precisa explicar mais que não é pra fazer nenhum tipo de caca?

Ao fim, seguimos para o Hostel no Pueblo de Huayllajara.

Depois que nos acomodamos no quarto e como era a última noite, fomos caçar onde beber, o que não é recomendado em altitudes mas precisávamos comemorar de certa forma.

Encontramos um, creio que o único, bar ali do pueblo. Aliás, creio que todos do passeio resolveram comemorar, porque lotou. Deu tempo pra tomarmos 2 rodadas de cerveja Potosina. Porque já estava dando a hora do jantar, e o guia disse que passou do horário não se come mais. Seria isso um aviso, um sinal?

Até rolou um vídeo do grupo fazendo a dancinha do caranguejo.


VÍDEO QUE POSTAREI DEPOIS (preciso descobrir onde foi parar)


Enfim, voltamos para o hostel para nossa última refeição juntos.

Veio a sopa de entrada, depois o prato principal: Lasanha de Cebola. Não sei vocês mas eu nunca havia visto um prato desses.

Eu, como já estava mal por conta da dor de cabeça que me acompanhava, só experimentei a massa e o queijo, deixei o resto e toda a lasanha no prato. Os demais, devoraram.

Na sequencia veio uma garrafa de vinho sexo, ficamos com receio de abrir e tomar, porque não havíamos pedido e por isso não queríamos pagar. Mas depois o guia disse que era "brinde". Então, quem gostava de vinho seco tomou, eu como não gosto passei.

Depois pegamos nossos celulares e baterias que deixamos carregando. Aqui fica uma mesa cheia de tomadas e pode deixar carregando até o horário que se tem luz, as 21h.

De madrugada o efeito da lasanha despertou. Era uma passa-passa no corredor, cada um queria ir para o trono, ter seu momento de rei. É, a lasanha fez mal, à todos.

A Angela, que era do nosso grupo, que experimentava de tudo sem problemas, também se rendeu, passou muito mal, tomou tudo durante a madrugada toda. Eu havia levado 2 Enos, dei um a ela e tomei o outro, porque o pouco que comi não estava me caindo muito bem.

E pra ajudar esse dia era o que sairíamos mais cedo.




Gastos:

Entrada Parque Eduardo Avaroa 150,00 Bs

Banheiro 6,00Bs

Rodada de cerveja (não paguei aqui porque chegou minha vez deu hora de irmos pro hostel) Sorte? Não, adiamento de dívida.

TOTAL= 156,00 Bs

 

Dia 6 - 08 de Maio de 2017

Uyuni x San Pedro de Atacama

... e a taxa (não oficial) paga na fronteira com o Chile



Às 5h levantamos, arrumamos as mochilas, fomos pro desayuno e as 5h30 estávamos saindo para o último dia de passeio. Naquelas, todos malacabados.



1a parada: Geyser Solar de Mañana - 4.850 mts


Chegamos aqui as pouco antes das 7h. Era um frio, era um vento que pelamordenossinhora. Ninguém tinha dó da gente não.

Mas foi um




Deve-se tomar muito cuidado, não há proteção e qualquer descuido, já sabe. Não tente chegar tão próximo pra tirar foto/selfie ou mesmo parar matar a curiosidade. Afinal: a curiosidade matou o gato.

Nem mesmo fique inalando esses gases.

E se você não gosta de ovo cozido ou nem suporta o cheiro dele, nem saia do carro. #FikDik

Ficamos por aqui uns 30-45 minutos depois partimos.

2a parada: Deserto de "Salvador Dali"

Uns 45 minutos depois, o guia para e você meio que já percebe onde está, já reconheceu aquelas montanhas, aquele deserto, aquelas cores.


3a parada: Águas Termales - 4.450 mts

Depois seguimos para águas termales. Até então eu não tinha intenção de entrar porque estava um vento muito frio. Mas a maioria ia, então meio que te incentivou. E foi a melhor coisa.

Pagamos lá a entrada, aliás, paguei. Sabe aquela dívida da rodada da cerveja? Então essa era a minha divida, foi adiada até aqui, então tá pago!

Depois que paguei, eu entrei no banheiro ali perto e pensei: PoHHA, tem que sair de bermuda daqui até lá embaixo? É muito longe, sacanagem, porque não tem banheiro lá perto. Quando tirei a primeira blusa o rapaz que recebeu as entradas disse: "Há trocadores lá embaixo". E eu pra não sair feio: "Si, si, está muy calor"

Descemos, entramos nos tais trocadores, fica de bermuda, deixa as mochilas, reza e corre e tenta entrar o mais rápido que pode na piscina. Mas quando você coloca o dedindo do pé, pra sentir a temperatura da água, sente aquela dorzinha. Claro, você tá meio que 'congelando" fora, quando vem água quente dói. Ai você senta na beirada e vai indo aos poucos. Quando tá com todo o corpo lá. Cara, é a melhor sensação do mundo, é como colo de mãe e pensa: daqui não saio, daqui ninguém me tira. Só quem não entrou nessa foi a Julia, a francesa. E antes que alguém pense ou fale "claro, francês não gosta de banho de água", ela mesma dizia: "não entrarei, sou mesmo uma francesa".

foto: Márcio (eu), Hana lá atrás, Lenon ao centro, Angela na frente e Martin atrás. E estamos fazendo o quê? Dança do caranguejo.

Não preciso dizer que só saímos da piscina quando o guia chamou né? Mesmo estando todo enrugado.

E aqui uma dica: deixe sua toalha próximo a beirada da piscina porque o segredo é: pega-enrola-corre pro vestiário, assim, tudo ao mesmo tempo.

4a parada: Vista para o vulcão e últimas fotos.

Aqui ficou um clima de despedida. E seria. Paramos, uma vista linda para o vulcão, uma laguna e a fronteira mais a frente.

foto: Martin, Angela, Hana, Lenon, Julia, Márcio (eu)


Nesse momento em que escrevo, Martin e Angela estão em casa. Mas postando essa foto bateu uma saudade. Foram momentos inesquecíveis ao lado de pessoas idem. Foram 3 dias juntos: tomando café, almoçando e jantando e até dormindo todos no mesmo quarto. Daqui, logo mais, na fronteira iríamos nos separar. Lenon e eu iríamos continuar seguindo para o Chile (San Pedro de Atacama) e os demais retornariam à Uyuni. Julia e Hana teriam mais uns dias de viagem e retornariam à seus países. Martin e Angela ainda teriam uma estrada pela frente, até nosso reencontro aqui em São Paulo.


Então aqui deixo o meu agradecimento à todos vocês. Pela companhia, pelas risadas, pelos perrengues que passamos juntos, cada um ajudando ao próximo. Mesmo que dividindo os remédios. Sei que não sou de falar muito, mas me diverti bastante e espero que vocês também. E até uma próxima, porque a vida é assim, feita de encontros e desencontros.

OBRIGADO!


Daí fomos pra fronteira, peguei a Jacinta, nos despedimos do grupo novamente, agradecemos ao guia e um cara já vinha gritando ATACAMA? ATACAMA? dissemos sim ele pegou nossas mochilas, botou na van e apontou para a fronteira. Seguimos até ela e entramos na fila, dai esse mesmo cara que ficava esperneando ATACAMA veio até nós e pediu para segui-lo dizendo que brasileiro não pega fila. Pegou nosso passaporte e entrou, em seguida saiu com um polícia que estava com nossos passaportes e o cara disse que teríamos que pagar 15 Bs. Questionamos porque já sabia que eles poderiam fazer essa cobrança. Disse que a agencia não disse nada sobre essa taxa, que já havíamos pago o transfer e que estava sem bolivianos. Dai ele pegou o ticket do transfer, nos devolveu e disse que teríamos que resolver com a Esmeralda. Fomos até o guia que nada falou.

Dai o cara disse que já estava na hora de irmos, apontou para o relógio e disse que poderíamos pagar em dólar e o policial somente balançou a cabeça. Enfim, pagamos essa desgraça com muita raiva.

E lá é assim, eles querem te apressar em tudo para você ficar mesmo sem reação. E com muita raiva paguei mesmo sabendo que era ilegal essa cobrança. Não havia aviso e se fosse legal haveria um recibo para tal. Enfim, vida que segue e queríamos seguir para o ATACAMA, ATACAMA.



ATACAMA


A van parou em frente a Policia Federal no Atacama as 10h30, para dar entrada e carimbar o passaporte.

Lenon foi primeiro e o Policial fez uma graça por ele se chamar Jonh Lenon. Depois foi eu, uso óculos que escurecem ao sol, quando entrei ele olhou pra mim, emburrou a cara e disse "tire os óculos". E da mesma cara fechada que disse me entregou os documentos. BEM VINDO AO ATACAMA poderia ter dito. Eu iria ter gostado de ouvir isso.


Mas, antes teria que encontrar cambio, um bom. Depois de andar em alguns e perceber que deveria ter uma máfia do câmbio rolando por ali (brindadeira hein, deixem minha família em paz "D ). Encontramos o câmbio a 1USSD = 660 Pesos

A van te deixa no centro, na rua principal de Atacama - rua Caracoles (é caracoles mesmo e não carácoles, como eu sempre falava), às 11h30.

Fomos aos hostels indicados, mas acabamos ficando no VilaCoyo a 8000 Pesos. Quarto com 2 camas - Wifi - Água Caliente.

Fechamos os passeios na Agência Lican Antay. A intenção era fazer o Valle de la Luna e de la Muerte na mesma tarde que chegamos, mas disseram que tiveram que adiantar o inicio do passeio por conta do sol estar se pondo mais cedo. Então deixaria para fazer os valles de bike no último dia.

Nem me dei conta de que não tinha ajustados os relógios, por isso que não conseguimos fazer os valles. Mas só ia perceber isso na manhã seguinte.

Depois de andar um pouco por SPA lembrei que a Ana havia indicado o Museo del Meteorito, mas pensei que tudo fechava cedo ali, então demos com o portão na cara. E olhando assim por fora, não dei nada. Então o jeito foi voltar pro Hostel, deitar na rede e descansar. Usar o wifi que ali pegava melhor. Melhor assim, melhorzinho que o habitual ruim.





Então essa tarde seria para andar por Atacama e descansar.

Como no hostel havia cozinha, fomos fazer compra no mercado. E depois bater uma perninha por San Pedro de Atacama.

Como Ana havia indicado mas quando chegamos ao Museu



Gastos:

A entrada do Termas é 6 Bs, mas como "me bancaram" na noite anterior, aqui paguei de todos)

Taxa para sair da Bolívia (não oficial) 15 Bs ou 2,50 dólares

- Câmbio 500 U$S = 330.000 CLP

Hostel VilaCoyo 8.000 CLP

Compra mercado 10,100 CLP

Empanada + suco + propina 9.300 CLP

Agência Lickan Antay 60.000 CLP (piedras rojas + antiplânicas, geysers + lagunas escondidas)

TOTAL= 30,00 Bs / 2,50 U$S / 87.400 CLP

 

Dia 7 - 09 de Maio de 2017

San Pedro de Atacama


1º Passeio: Piedras Rojas + Lagunas Antiplanicas

O horário combinado da van passar no hostel estava marcado entre 6h30 e 7h15.

Aí que a percebi que, mesmo com o wifi, a hora do celular não havia sido alterada para a hora local.

Como o quarto dava pra rua, então deu pra ouvir uma van parar na porta. Abri os olhos.

Escutei alguém ficar chamando na porta, socando o portão. Levantei.

A dona do hostel vem e bate na porta do quarto e diz que a van estava esperando. Pronto. Desespero total. Veste calça, põe blusa de frio, pentear cabelo nem pensar, põe touca mesmo e corre pra avisar que vamos pelo menos usar o banheiro. Nisso entra o guia e fala que já deveríamos estar prontos. Dai falei: Mas foi combinado até 7h15. Ainda são 6h30. Ele ri e pergunta de onde sou. Brasil. Daí ele fala em bom portugês: Brasileiros. Tem que ajustar o relógio né gente. Daí perguntei a ele que horas eram e já estava marcando 7h45. Que merda hein. Inda bem que já separei tudo que ia usar no passeio na noite anterior.

Enfim, lá fomos nós. Mas também. Foi o 2º lugar que ele passou, iria passar em vários hostels, e TODO mundo demorava. Então não me senti tão culpado, se alguém ou alguma coisa teria que levar a culpa, melhor botar no celular que não atualizou.

Enfim, depois de lotar a van, hora de pegar a estrada e as belas pasisagens já começam nela, você gruda na janela e não quer largar mais. Aliás, foi um dos assentos que eu mais fiz questão durante todo e qualquer passeio. JANELA.

A primeira parada foi no povoado de Socaire para o desayuno. Antes passamos por Toconao uma pequena cidade a 34 km de SPA.

E por onde você olha é montanha, vulcão, picos nevados. Fascinante.

Depois o guia pede pra van parar na estrada. Problemas? Nenhum. Para sacar fotos.

Dali você, no meio da estrada, numa reta sem fim.

foto: Grupo (se alguém reconhecer alguém dessa foto, por favor, me dêem contato, preciso das outras fotos do grupo. Obrigado)

Daqui seguimos para Piedras Rojas. Lugar incrivelmente lindo. Formados graças as erupções vulcânicas deixando formações magníficas e os lagos para completar essa beleza. Soma isso com a explicação do guia, que GOSTA do que faz, fica melhor ainda.

As pedras ficam com essa cor devido a concentração de ferro. Após as erupções e seu resfriamento e a atuação dos ventos e do oxigênio vão impactar em suas formas e cores.

Aqui o vento estava muito forte, logo o frio pegava. Depois de curtir essas paisagens que, apesar das fotos, não há descrição. Só estando lá, porque não são só o que os olhos vêem mas o que você sente ao ver isso tudo. É obra divina.

Mas antes de chegarmos a última curva o guia pede para que fechemos nossos olhos. E diz para refletirmos sobre a vida, de onde viemos, de como foi nossa infância, o ser que somos nesse universo... e vai falando. Aqui, ciscos já tomam conta dos olhos.

Depois ele diz: "Abram seus olhos devagar..." Aí, pronto, só não solucei pra não passar vergonha. Era demais para os olhos.

Aquelas cores naquelas formas. Aqueles tons, pareciam realmente um quadro em tamanho natural. Uma verdadeira obra de arte.

Depois seguimos para as Lagunas Antiplanicas, e aqui paga-se a entrada que, no dia, foi 3000 pesos.

Próxima parada: Lagunas Antiplânicas

Na primeira Laguna, a Miscanti, eu pensei que a van ficaria próxima, desci e larguei a câmera nela. Então, nada de fotos ela.

Há uma cabana, que antigamente era alugada para temporadas. Mas o animal humano é idiota. As pessoas começaram a entrar na laguna, o que é expressamente proibido. O último babaca que fez isso era justamente um guarda que trabalhava lá. E não era caro a diária. Segundo o guia.

foto: cabana em frente a Laguna Miscanti. Aquela que poderia ser alugada.

E vai uma dica: RESPEITO. Vamos respeitar as marcações. As pedras enfileiradas não estão ali à toa, não foram colocadas por seres extraterrenos, não apareceram do além, foram postas ali para realmente demarcar o lugar onde o animal humano possa pisar e ali não passar, então: VAMOS RESPEITAR.

foto: Laguna Miñique.

Aqui também rolou uma foto com o grupo, mas depois vi que o motorista não fez força o suficiente para que o disparador acionasse e fizesse um registro desse momento. Resumindo: caray a foto não saiu.

Depois seguimos pela estrada, guia nas redes sociais, motorista parou de perguntar se o caminho estava certo e não deu outra. Chegamos na fronteira com a Argentina. É erraram o caminho, voltamos tudo e acabamos ir conhecer uma laguna "de brinde". Na verdade o guia queria conhecer essa laguna há tempos, d´aí veio com papo de que era um sinal obra do destino... blah blah blah. Mas pensando pelo pior: ficar perdidos ali, onde não se via uma alma viva por horas, no frio que faz a noite no Atacama, foi um erro gravíssimo, seria mortal.

Depois seguimos para o Salar de Atacama e ali mesmo a Laguna Chaxa, outro lar de 3 espécies de flamingos.

foto: Laguna Chaxa.




Pegamos informação sobre o vulcão Lascar (5592 altura), o vulcão ativo que se pode subir. Era essa a intenção, pois ao perguntar a ele, a resposta foi essa: " quantas pessoas você conhece que subiu um vulcão?". Pronto. Podemos nos lascar, mas iremos subir o vulcão Lascar. (trocadilho tosco)


Quando retornamos à SPA, fomos à agência, porque queríamos trocar o passeio das 7 Lagunas Escondidas pelos Valles, acabaram trocando mas não ressarcindo, pois o valor das 7Lagunas era o dobro da do Valles, mas enfim, disse que não poderia devolver porque foi feito "um pacote de passeios", baboseira né, o que foi feito foi é ter dado um desconto mixuruca, mas enfim.


Resolvi abrir mão das Lagunas porque 1º já havia visto muitas lagunas, apesar de suas cores lindas, achei que iria ser uma passeio chato e 2º há como entrar em uma ou duas delas, e que você não afunda devido a grande quantidade de sal, mas como estava frio, saberia que não iria aproveitar essa sensação.


Depois fomos procurar onde fazer o vulcão Lascar, era a intenção. Paramos em uma agência , vimos o preço e ao sairmos um rapaz do Rio de Janeiro disse que tinha 2 amigas que estavam fazendo o Lascar com preço menor que nas agências. Mas mesmo ele dizendo que elas eram experientes e tinham todo o equipamento, não daria pra arriscar, afinal era um vulcão ativo né. Acabamos passando em outra agência, onde fomos super bem atendidos pela dona, a Sra. Rosana. Falamos que na outra agência eles tinham vaga e ela achou um absurdo. Abriu no computador a previsão do tempo com as velocidades do vento lá no Lascar. Ela disse que seria impossível subirmos, pois os ventos estariam a mais de 95 km/h e que a outra agência iria vender, mas que não chegaríamos ao topo. E nos indicou o vulcão Cerro Toco que era próximo mas que os ventos iriam estar menores. E esse sim conseguiríamos chegar ao topo, apesar de não ser ativo a altitude era bem próxima, Lascar 5592 alt. Cerro Toco 5604 alt. Essa agência se chama Ascension Volcanes.




A noite fomos num bar chamado "Barrio Bar", havia uma banda ao vivo "Los Paraderos" com sua música dançante e muito divertida.

Pedimos uma pizza e provamos 2 cervejas.


Aqui tivemos uma situação bem estranha para não falar que o garçom queria era nos roubar na cara dura e lavada.

Ao pedir a conta a propina (gorjeta) já estava inclusa. Dei uma nota maior e ele perguntou se ainda queríamos o troco, falei que sim, CLARO, daí ficamos esperando. Demorou e fomos cobrar, ele disse que havia entendido que seria propina. Foi buscar o troco e mesmo assim, deu a nota enrolada faltando ainda....acredita?


Guia: Caio Fraga

Instagran: Unimundotravel

Gastos

Entrada Lagunas Antiplânicas 3.000 pesos

Entrada Salar de Atacama 2.500 pesos

Vulcão Certo Toco 65.000 pesos

Pizza + 3 brejas 18.000 pesos (com proprina, propinas porque teve até a involuntária)

Propina da Banda 1.000 pesos (não é muito mas junta com o de cada mesa, pensa)

TOTAL= 89.500 CLP

 

CONTINUA: MOCHILÃO 2017 - BOLÍVIA - PERU - CHILE / PARTE 2









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